terça-feira, 27 de novembro de 2007

A súlpica

“Liberta o grito que trazes dentro mesmo que traga alguma dor. Não percas tempo, o tempo corre só quando dói é devagar.” (Mafalda Vega)

"Nunca acendas um fogo que não possas apagar."
(Provérbio Chinês)

Todos nós temos um lume acesso dentro de nós. E por vezes apetece deitá-lo cá para fora, as chamas encarnadas num grito podem incendiar tudo à nossa volta, mas houve uma vontade muito forte e que superou qualquer estado de apatia. Mais vale deitar cá para fora do que deitar lenha para o lume que temos dentro de nós. Uma explosão para o exterior é muito mais saudável, graves são as expulsões internas que só nos bloqueia e não resolvem nada. Mais ninguém nos ouve para além de nós próprios, enquanto que um grito ecoado para um túnel poderá ter percussões nunca antes imaginadas, é ter um retorno positivo. Uma súplica, um pedido de socorro pode ser ouvido e retribuído com o intuito de nos ajudar. O eco poderá ser da nossa própria voz mas também pode ser um retorno vivo em direcção à nossa alma. Um alerta, um aviso de como estamos vivos e queremos permanecer vivos por muitos e muitos anos. Um hino à vida é aqui declamado e aclamado com aplausos incessantes. Há que fazer pela vida, ir à luta da nossa autonomia, quebrar com as regras, reinventar novas condutas e apostar na diferença.

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