terça-feira, 20 de novembro de 2007

Partir para a outra margem

“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance, ria e viva intensamente antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” (Shakespeare)

A vida é um palco onde os actores não têm hipótese de ensaiar. Entram em cena de imediato, em que a capacidade de improvisação é valorizada; no fundo se nos deixarmos levar e agirmos com naturalidade e não fugirmos de nós próprios, os aplausos surgirão ferozmente. Mas quando a ausência de aplausos acontecer, há que manter a cabeça erguida e continuar em cena. A vida nem sempre nos recompensa por mais que merecêssemos. Há pessoas que não reconhecem o nosso valor por mais provas que dermos. A inveja é terrível, ninguém sofre mais que uma pessoa invejosa, mas essa pessoa sofre merecidamente. Há que combater esse sentimento atroz e realçar o que realmente há de mais interessante numa pessoa e tirar o seu devido partido.
Por outro lado a tolerância poderá ser uma qualidade, mas qualquer tolerância tem os seus limites. Na maior parte das vezes somos mais tolerantes connosco e perdoamos tudo, com os outros não perdoamos nada. Temos de agir com os outros da mesma forma que gostaríamos que agissem connosco. Eu sei que é difícil pormo-nos no outro lado da margem, mas se quisermos atingir a meta temos de atravessar a ponte e assim ter a visão contrária à nossa e perceber o outro ponto de vista do nosso adversário. Só assim poderemos perceber melhor a nossa posição. Pensar como o outro agiria é uma estratégia para perceber o nosso plano de ataque.

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