segunda-feira, 26 de maio de 2008

Em busca de um futuro melhor


Maravilharmo-nos com a vida é uma dádiva. Se a vida existe é porque há algum sentido que a orienta, por mais sinuosas que sejam as suas teias, no emaranhado podemos encontrar raios de luz, e são esses raios que iluminam a nossa vida. Vamos caminhando ao encontro de uma razão que explica a nossa presença neste universo. Existem sinais, pistas que por mais insignificantes que sejam, o simples facto de se atravessarem na nossa vida, querem dizer algo, que podem servir-nos de guia para o futuro.
Planear o futuro requer um passado sólido. As directrizes foram lançadas no passado, se este tiver sido bem estruturado, os alicerces aguentam com um projecto de futuro. Se pelo contrário os alicerces estão pouco cimentados, o nosso esforço num futuro melhor tem de ser redobrado.

O cume da liberdade


Embalada pela saudade, solto os meus cabelos ao vento e sigo a estrada escolhida por mim. Ter saudades de algum acontecimento antigo quer dizer que o passado valeu a pena e que merece ser recordado. Mas nem sempre, por vezes a nossa carência é tanta que temos a tendência para recordar acontecimentos que na altura fizeram sentido e que actualmente só nos fazem sofrer. A nossa memória é selectiva, mas por vezes prega-nos partidas, por mais que queiramos não pensar em algo que nos faz sofrer, parece que todos os caminhos vão lá dar, por mais voltas que dermos a nossa parcela masoquista reina.
Temos de encontrar um caminho para a liberdade e não sermos prisioneiras dos nossos pensamentos. O percurso para a liberdade exige muita prisão e muitas privações, mas quando o encontramos, finalmente estamos em paz.
Quando adquirirmos a paz interior, esta vai recair no nosso comportamento com o outro, extravasa, para além de partir de nós, que a possuímos, parte para o exterior. A paz não deixa de ser nossa, mas também reflecte-se nas pessoas que fazem parte da nossa vida.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

A queda para a escrita

Quero aproveitar esta minha veia que hoje me estimula a escrever. É difícil colocar um ponto final quando algo mais alto se levanta. A minha vontade de desabafar e a sentir-me bem ao reler o que escrevo. Há quem tenha o dom de falar, eu não tenho, mas tenho uma leve queda para a escrita. Quando escrevo, estruturo o pensamento, penso duas vezes, ao contrário de quando falo digo logo tudo o que me vem à cabeça, sem olhar a meios e depois os fins só podem ser desastrosos. Tenho de controlar esta minha tendência, como também a falta de sentido de oportunidade de me calar. Tenho uma tendência de adivinhar os que as pessoas vão dizer e atropelo-as no meio do discurso.

A cor da minha alma

Quero agarrar com todas as minhas forças elogios que me façam e faze-los perpetuar no meu universo. Não perde-los pelo céu, quero fixá-los numa tela, utilizar uma paleta de cores vibrantes, denunciando a minha paixão pela vida.
As cores quentes sempre foram uma prioridade na minha humilde pintura. Uma mancha de cor garrida invade-me e descontrola-me. Quando pinto saio de mim e expresso o mais íntimo que me vai na alma. Preciso de momentos criativos, quero retomar o meu gosto pela prática artística, mas sinto-me sem forças e sem estímulos. Quando estou apaixonada tudo perde ou ganha sentido. Por um lado sinto que me entrego totalmente à pessoa amada, por outro se essa pessoa fizer parte do meu universo artístico, sinto uma vontade incontrolável de criar, até quem sabe em conjunto.
Se um dia encontrar alguém, essa pessoa só me vai preencher verdadeiramente se pertencer ao ramo artístico. Porque sinto uma necessidade enorme que critiquem e opinem sobre o meu trabalho, e se perceberem um pouco de arte tanto melhor.

A voz do silêncio

A vida tem ou não de fazer sentido para a compreendermos? A minha vida é uma incógnita, sem saber de onde vim ou para onde vou, ando ao sabor do vento, sem saber a direcção a tomar. Quero seguir o meu instinto mas na maior parte das vezes sigo o instinto alheio, sou altamente influenciável mas quero a toda força contrariar esta minha tendência. A opinião dos outros sempre me interessou mais do que a minha. É estranho, mas é a pura das verdades. Quero libertar-me e ganhar autonomia para conseguir ter opiniões próprias, pelo menos acerca da minha própria vida. Por vezes sou altamente sonhadora e divago sobre o vazio, é um vazio porque não posso tirar nada de consistente, gosto de perder o meu tempo a pensar no que não devo. Mas é compreensível, preciso do mínimo de conforto para aguentar a rotina. As acções metódicas que tenho no dia-a-dia matam-me, reduzem-me a uma partícula insignificante. A minha voz perdeu-se num imenso universo recheado de pessoas robots, para quê ter voz num universo onde ninguém nos ouve. Para além de nos preocuparmo-nos com e como dizemos, devemos ter o cuidado de saber se a mensagem foi bem recebida. À maior parte das pessoas anda anestesiadas e não reage a qualquer estímulo. Haja força para fazer ressuscitar a energia perdida pelo tempo. Eu vou tentar fazer a minha parte e vocês poderão retribuir e fazer algo pelas vossas vidas?

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Comentário

“Não faças de uma pessoa prioridade. Quando ela faz de ti uma opção.” (Irene Patrício)

Esta frase tem a ver com amor-próprio e está muito bem fundamentada. Temos de possuir dignidade e não nos deixarmos levar pelo sentimento. Há que saber distinguir o que sentimos por uma pessoa e o que ela sente por nós. Não nos podemos dar em demasia quando recebemos pouco. Quando estamos envolvidos é difícil fazer esse distanciamento e avaliar a situação. Quando ainda romanceamos estamos completamente cegos e por mais que as pessoas nos alertem, nós não queremos ver.
No quotidiano não podemos dar em função do que recebemos, mas há uma excepção, no amor tem de haver uma reciprocidade equilibrada, senão um sai prejudicado.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Para meditar...

"A cada minuto que ficamos zangados, perdemos sessenta segundos de felicidade." (Thomas Overbury)

domingo, 4 de maio de 2008

À espera da João

Recriar, reinventar uma nova exposição, onde tudo pode ser mudado e montado de uma forma aleatória ou previsível. Encontrar uma lógica no ilógico, ir ao encontro do nada ou do tudo, se preferirmos viajarmos sem destino. Partir em busca do imprevisível, desnorteada sigo o meu instinto, sem preconceitos ou paradigmas, para mim as raízes deixaram de ter a razão que antes tinham, parto para a aventura unicamente segura por mim mesma, sem alicerces nem referências. Quero lançar-me por mérito próprio, quero reaprender a valorizar-me e a ganhar confiança no que faço. Adquirir uma auto-estima já perdida pelo tempo. Recuperá-la e mantê-la por muitos e longos anos e assim poder ditar as regras nos meus próprios projectos. Até pode ser um produto desagregado, desde que seja eu a determinar esse mesmo fim. Partir de uma libertação provisória para a submissão ou até prisão foi um choque. Hoje consegui adquirir uma liberdade condicionada mas possível e gratificante. A João chegou…