sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Fixar o impossível

Talvez pudesse o tempo parar e agarrar por um momento tudo de bom que a vida me deu. Mas o que por um momento poderei ter agarrado já fugiu. Tudo o que de bom que me aconteceu pertence ao passado, já não consigo fixar no meu presente. Se por um segundo penso num episódio marcante, no segundo a seguir já estou a pensar noutra coisa. Se já não pertence ao presente não vale a pena recordar porque voltamos a sofrer e a reviver sentimentos que agora não fazem sentido. Limito-me a viver o quotidiano mas projectando-me num futuro que acredito que seja prometedor.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Find & replace

Em busca de algo perdido pelos antepassados. Ir ao sótão da avó, e depararmo-nos com o inesperado, tecidos que outrora faziam parte de um cortinado, mas que agora terão outra função. Encontrar e substituir é o conceito que reflecte este projecto.
A construção de um livro requer uma precisão aliada a uma criatividade, mesmo que se trate de um livro/bloco que serve de base para criar algo por cima. Porque não criar um livro, que em vez de folhas brancas, cada página conta uma história neutra mas que serve de suporte para uma outra história, personificada por memórias que cabe a cada um descortinar e perpetuar pelos tempos.

Uma breve introdução

Tenho uma vontade incontrolável de revisitar os meus antepassados. Sempre tive um fascínio de vasculhar o que há de mais recôndito se esconde nas minhas raízes. Seguir pistas, investigar os vestígios mais recalcados. Não propriamente seguir a história da hierarquia genealógica mas sim o que há de mais imagético e que se esconde aos olhos comuns. Tais como fotografias, tecidos, livros, revistas, materiais que de alguma forma associo à arte e que servem de matéria-prima para um posterior projecto artístico. Reconduzir o que há partida não teria valor e torná-lo útil à sociedade.
Esta introdução serve de base para um hipotético e inimaginável projecto. Concretizável ou não, aqui fica lançada uma ideia!

(to be continued…)

sábado, 16 de fevereiro de 2008

A aposta

Sinto que um novo horizonte se aproxima. Poderá parecer longínquo mas já teve muito mais longe. Sinto que se conseguir realizar-me profissionalmente o resto vem por acréscimo. Porque nesse momento vou irradiar simpatia e isso vai reflectir-se na minha relação com os outros.
A praia está despida e solitária, mas algo em mim sobrevive. Acredito que a minha vida vai mudar e é essa crença que quero levar avante. Convicta e segura de mim vou alcançar e ultrapassar o impensável, vou surpreender-me. Hoje quero apostar em mim, se eu não o fizer ninguém o fará por mim.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

”Turn on”

Acordar com vontade de superar tudo e todos, exceder as minhas expectativas e chegar mais longe. São metas difíceis de atingir. Estou agarrada a um comodismo que me sufoca. Sou uma conformada de primeira. Quando tento fazer algo de diferente, no início estou super entusiasmada mas depois tudo se desmorona como um castelo de cartas, que ao mínimo sopro se desfaz.
Sou feita de momentos de grande euforia que são poucos, como também e na sua maior parte estou no fundo do poço, ou pelo menos com dificuldade de estar à tona. Será que sou bipolar? Acho que não. Estas minhas fases mais “down” não chegam a ser depressivas, mas são caracterizadas fundamentalmente por uma profunda apatia e conformismo.
Tenho de dar a volta por cima. Ser mais forte e superar qualquer estado de apatia. Sinto que tenho laivos de euforia e de criatividade, que precisam de ser activados. Estão adormecidos dentro de mim, alguém precisa de carregar no botão “turn on”. Mas não é tão simples assim, para além de activar preciso de ser estimulada. Basta incentivar-me e elogiarem o meu trabalho que sinto logo uma força renovada e uma vontade de vencer.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Seguir o que me vai na alma

Abro os braços ao inesperado e sou surpreendida por uma geada que me gela por dentro. Será que sou assim tão insensível para reagir com frieza. Quero libertar tudo o que sinto dentro de mim, quero afirmar-me como um ser humano que tem sentimentos e que para qualquer lugar que vá seja sempre fiel às minhas crenças. Não mudar ao sabor do vento. Não deixar-me levar pela inclinação da montanha e pela corrente do rio. Conseguir abstrair-me dos fenómenos naturais e seguir simplesmente o que me vai na alma. Se antes ficava calada, agora barafusto e defendo os meus pontos de vista.
Apetece-me dar um passeio de bicicleta sentir o vento, contraria-lo, confrontá-lo e levar a minha avante.