quarta-feira, 26 de março de 2008

A arte de vencer

“A arte de vencer aprende-se nas derrotas.” (Simon Bolívar)

Não há vitórias sem derrotas. Temos de penar para aprender com os erros. Para vencer a guerra teremos de vencer a maior parte das batalhas com mérito. Temos de ir à luta despojados de qualquer instrumento cortante mas com as maiores das armas, a nossa coragem e inteligência.
Se nessa luta encontramos pessoas que nos impedem de vencer há que saber contorná-las e não desistir. Não vamos deixar de fazer o que gostamos só porque alguém se incomoda com a nossa presença. Há pessoas muito egoístas, que só pensam no próprio bem-estar sem medirem as consequências dos seus actos.
Estou arrasada mas tenho de erguer as armas novamente e seguir a estrada que escolhi, nem que a faça sozinha. Nesse momento sei que posso contar comigo e que não corro o risco de desiludir-me.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Alma de pássaro

Nasci para viver só mas não sou uma solitária, mas sim solidária com as pessoas, tentando quebrar com esta minha tendência anti-social. Hoje em dia já vou ter com as pessoas e falo abertamente, com algum constrangimento mas muito mais à vontade do que há uns anos atrás. Já são muitos anos em que na sua maior parte a palavra partilha teve pouco significado. Estou farta de viver para o meu umbigo. Tenho a necessidade de dar um pouco mais de mim às pessoas que me são queridas.
Quando era miúda já me isolava das pessoas, conseguia distrair-me a brincar sozinha. Agora depois de tantos anos mantive essa capacidade, senão já tinha dado em doida. Na minha vida actual é urgente ter trabalhos que me façam distrair de tudo o resto. Tudo o resto parece ganhar importância, já não me interessa o material, a troca de sentimentos e de afectos atingiram um grau de importância máxima.
Quando sou surpreendida por algo bom a nível sentimental, a minha vida parece que dá uma reviravolta e consigo ganhar uma auto confiança e sou capaz de superar os maiores obstáculos. Sinto-me com asas e com a capacidade de voar sobre os meus problemas. Estes parecem relativizados quando vistos à distância. Quero ser livre como um pássaro para conseguir esse mesmo distanciamento e poder encarar com discernimento o que me afecta. Já que não tenho asas que tenha pelos menos alma de pássaro.
Sonhar é o primeiro passo para a loucura, mas por outro lado não há vida sem sonho. Não faz mal nenhum sonharmos de vez em quando. Como diria o poeta:”O sonho comanda a vida”. Para que certos acontecimentos aconteçam é necessário sonharmos com eles primeiro. Se não sonhar que um dia serei feliz, dificilmente o serei.
Realmente sou muito crente. Podem-me contar as asas mas não me roubem a alma de pássaro. Enquanto a minha alma continuar intacta vou conseguindo ser feliz.

sábado, 15 de março de 2008

Lá fora o vento nem sempre sabe a liberdade

Podemos partilhar uma dor mas ultrapassá-la só sozinhos. A força para conseguir superá-la está dentro de nós.
Há que ser firme perante uma pedra no caminho. Porque que se nesse percurso encontramos uma pedra, talvez da próxima vez não tenhamos esta sorte.
Um turbilhão de pedras poderá tornar-se numa montanha e nesse momento teremos de usar todos os nossos trunfos, termos de ser além de firmes, corajosos e valentes.
Lá fora o vento nem sempre sabe a liberdade. Por mais que tenha andado perdida em busca da liberdade e da autonomia, hoje posso dizer que as encontrei. Talvez por me ter encontrado. A liberdade está dentro de nós e não no mundo lá fora. E nem sempre a realidade exterior nos apresenta como algo libertador. Pode ao contrário ser castrador e frustrante. Cabe a nós descortinar e distinguir os malefícios que podem ser prejudiciais e eliminá-los, ou pelo menos não deixarmo-nos intimidar ou afectar por eles.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Um abrigo para voltar ou o mar para me perder?

Por vezes na vida temos de arriscar e lançarmo-nos ao mar, sem medos e com uma vontade sustentada numa crença interior. Hei-de encontrar uma ilha e com um ímpeto de força hei-de ser arrastada para a areia. Ser sobrevivente num lugar desconhecido poderá ter as suas vantagens. É sem dúvida uma altura em que fazemos um auto exame e testamo-nos contra os nossos maiores medos.
Basta de andar a dormir pelos cantos, há que reagir, deixar a apatia de lado e vencer os receios que nos atormentam. Ficar paralisada perante um obstáculo poderá ter consequências imprevisíveis. O risco poderá ser incalculável e a nossa atitude é sem dúvida renegada. O mérito está em nunca desistir. Às vezes não basta contornar o obstáculo mas sim enfrentá-lo, um simples desvio não é encarado como um acto de vitória mas sim como uma humilhação. Há que erguer a cabeça e ir à luta. Enfrentar os maiores desafios e pormo-nos constantemente à prova. “Será que sou capaz?” Pergunta que denota insegurança e instabilidade. A pergunta nem se devia colocar, enquanto estamos a pensar na resposta já devíamos estar a tomar conta do desafio com garras e dentes. Temos de ser ágeis e oportunos, às vezes não há tempo para pensar, temos de agir de imediato, só assim poderemos agarrar uma oportunidade que dificilmente poderá surgir novamente.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Sonhar com um passado sem regresso

Posso ter saudades do passado, por vezes penso nos momentos felizes que passei e tento trazê-los para o presente. Mas é uma tarefa impossível e ingrata. Não há nada de mais penoso que queremos viver de fragmentos perdidos pelo tempo.
Há a tendência para cair na frase feita: “Se eu soubesse o que sei hoje…”. O que é profundamente errado porque não há vitória sem luta. A vida é feita de recuos e avanços, nada se consegue sem determinação e coragem para enfrentar as maiores adversidades, só assim cresceremos e adquirimos experiência. Os erros que podemos ter cometido no passado serviram para não voltarmos a comete-los. Não existem regras para sermos felizes, cada caso é um caso e quanto menos influências exteriores sofrermos melhor. Temos de agir conforme os nossos padrões, o que poderá ser correcto para os outros para mim poderá estar profundamente errado.
Pessoas extremamente influenciáveis raramente acertam, porque seguem instintos alheios. Temos de ser imunes aos estímulos exteriores mas por outro lado devemos ser transparentes como água, não ingénuos mas sermos coerentes com os nossos princípios.
Hoje só quero viver este momento. Sonhar com um passado sem regresso, porque enquanto sonhamos vivemos, é um sinal de que houveram recordações passadas que nos dão alento para ambicionarmos um futuro mais risonho. Não faz mal sonhar por momentos, agora tornar a vida num sonho é uma loucura. Temos de saber distinguir a fronteira do real do imaginário. Mas há uma excepção, quando criamos um objecto de arte essa fronteira é diluída e é quase inexistente. Atravessamos todos os limites porque queremos criar algo nunca antes visto. O que é um pouco irreal. Nada se cria tudo se transforma. A arte pode ser uma constante reciclagem. A originalidade surge quando um novo ponto de vista sobre o mesmo objecto se concretiza. A realidade observada poderá ser a mesma mas a forma como a transpomos para o papel é única e pessoal. A interpretação e a maneira peculiar como vemos o objecto é nossa e por consequência a sua projecção nunca é igual ao do nosso colega.
Temos de apostar na diferença, essa aposta tem de partir de nós, é algo que possuímos interiormente, por mais que contemplemos um mundo repleto e marcado pela diferença, se não tivermos receptivos para captá-la não adianta visualizá-la, teremos de estar bem connosco próprios para poder assimilá-la, interiorizá-la e nesse momento afirmar que não olhamos mas que pela primeira vez vimos.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Que a porta se abra

Olhar o céu e encontrar um sentido na vida. Por mais límpido e azul que o céu possa parecer, por vezes surgem umas nuvens que encobrem o que procuramos. Há que ter a perícia de encontrar o que se esconde por entre as nuvens e só assim estaremos a investir na nossa vida.
O que é de fácil acesso nem sempre é o caminho correcto. Há que penar para aprender a sorrir perante o que de menos bom nos possa surgir. Conseguirmos inverter e dar a volta ao adverso, aí mora o nosso mérito. Se levarmos com a porta na cara, há que bater novamente mas sempre com um sorriso e com uma atitude positiva. Tantas vezes insistimos, que a porta se abrirá quando menos esperarmos.

sábado, 8 de março de 2008

Um lugar ao sol

A incerteza, a contingência da dúvida permanece. Qual a direcção a tomar, acreditar na minha dignidade e nos meus princípios ou quebrar com todas as regras e partir para o abismo. Afundar-me num poço sem fundo e por consequência não conseguir vir à tona e não encontrar a luz que tanto anseio.
Quero partir em busca da paz de espírito, encontrar uma serenidade e adquirir principalmente uma atitude descontraída perante a vida. Deixar de andar tensa e desconfiada e com a mania da perseguição. Quero encontrar um lugar ao sol com uma paisagem invulgar que emane uma energia positiva e me transforme numa pessoa melhor e mais sorridente perante as adversidades.