quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Aproveitar o instante

Por vezes existem situações que nos conduzem a agir com o coração por mais que queiramos que a razão prevaleça há um sentimento que nos preenche e consola e assim partimos para uma aventura do instante. Sem compromisso parece que fica um vazio entre nós. Mas em contrapartida há uma compensação circunstancial que foi colmatada. E é esse agarrar à casualidade que nos dá força para seguir em frente. A vida é feita de momentos, nada dura uma vida, existem pessoas que por mais que não façam parte do nosso quotidiano, por alguns instantes fizeram-nos felizes. Não pode haver arrependimentos, a vida é para ser vivida por quem sabe vivê-la, com garra e como se fosse o último dia das nossas vidas.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Aqueles que falham perante o êxito

Há pessoas que circunstancialmente adoecem quando um dos seus desejos mais profundos se realiza. Aparentemente é como se essas pessoas não suportassem a sua felicidade.
Não se pode por em causa a ligação circunstancial entre o êxito e a doença.

domingo, 26 de outubro de 2008

Why woman likes little boxes

Temos a necessidade de armazenar tudo e mais alguma coisa, um bilhete de comboio de uma viagem marcante, de uma ida a um museu, a conta de um jantar ou simplesmente os talões que acumulamos todos os anos para o IRS, inutilmente porque trabalho a recibos verdes.
Quando faço uma viagem selecciono todo o tipo de flyers que acho interessantes graficamente, para mais tarde me inspirar.
Em vez de amontoarmos lixo, conferimos uma nova utilidade ao desperdício. Podemos destacar um objecto rejeitado, encaixando-o num caixa que o destaca, eternizando-o. E torna-lo acessível ao cidadão comum, sendo assim contemplado.

O descobrir que estamos vivos


Acordar, dificuldade em adormecer, viver e não sobreviver, viver com garra e acordar com um brilho nos olhos e sentir que sou feliz e que faço sentido à minha existência, não porque o outro existe mas porque descobrimos que para que o outro exista temos de dar por nós primeiro. Quando damos em demasia saímos prejudicados, tem de haver um equilíbrio entre as partes para haver uma maior entrega e uma simbiose entre as relações.




Não ter medo de viver


Viver destemidamente sem pestanejar, ir ao encontro de mim mesma, sentir na pele o contacto com o inesperado. Viver uma experiência única sem parâmetros pré-definidos, o acaso é a palavra de ordem. Quando se programa em demasia determinada situação, acaba por tudo cair por terra, mas se pelo contrário deixarmos fluir e seguirmos o nosso instinto, o que desejamos acaba por acontecer.


segunda-feira, 14 de julho de 2008

O ser ou ter?


O ser ou ter? Eis a questão. Por vezes confronto-me com esta dualidade. Será que para ser mais feliz tenho de ter…poderá ser um prazer momentâneo, porque logo a seguir já quero mais isto ou aquilo…é um ciclo sem fim…um saco sem fundo…que por mais que o encha nunca estará até ao topo. Se pelo contrário cultivarmos o nosso interior, este florescerá e dará frutos…e assim sim enriquecemos a nossa mente, tudo o resto virá por acréscimo.





sexta-feira, 11 de julho de 2008

O ser português

Porquê dramatizar quando se podem superar obstáculos. À primeira vista poderão ser negros, mas podemos pintá-los de uma cor mais suave. A nossa maneira pessimista de deitar tudo a perder ao mínimo contratempo é típica do portuguesinho, que está habituado a ter uma vida acomodada, que basta o mínimo de esforço para adquirir o básico, sobreviver, em vez de viver é lema do português que tem falta de ambição e é cobarde.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Home sweet home

A minha casa está quase “minha”, não no sentido económico do termo, mas “minha” por senti-la mais ao meu estilo e cada vez mais confortável. Descobri que só aos 76 anos a casa irá ser minha no pleno sentido da palavra. Fiquei chocada…mas pressinto que a minha vida irá mudar drasticamente. Quando estou atrapalhada economicamente há sempre uma solução que surge no momento exacto, é incrível, devo ter um anjo da guarda lá em cima a tomar conta de mim. Acredito que seja a minha avó materna. Sempre senti um apoio grande por parte dela, apesar de não ser muito afectuosa e até fria na maior parte das vezes, foi sempre uma referência para mim. Uma estaca pela qual eu crescia e sinto que ainda cresço, pela força e coragem que sempre me transmitiu. Não é só quando estou aflita monetariamente, mas também quando alguma situação mais adversa no campo emocional se avizinha, predomina em mim uma luz que me guia e reajo de forma muito natural, acreditando que para tudo há remédio excepto para a morte.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Partir para a acção

Gostava de fazer coisas que me dessem mais estímulo quer a nível profissional, quer a nível amoroso. Sinto-me incompleta nas duas vertentes. São níveis que normalmente não estão equilibrados.
Gostava de me empenhar mais nas coisas que as outras pessoas me pedem. Quando trabalho para mim parece que tudo flui instantaneamente, mas quando me pedem algo parece que há um atrito qualquer que me impede de fazer as coisas bem. Mas também acontece fazer coisas por certas pessoas que nem por mim faria.
Gostava de converter a palavra “gostava” para “gosto”, em vez de falar num futuro longínquo quero falar no presente. Ou seja, partir para a acção, ser interveniente e não ser mero espectador.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Que não lembra ao diabo


Nada faz sentido se for feito com um espírito de frete. Por cortesia fazemos coisas impensáveis, uma vez, duas, à terceira é demais. Há que saber colocar um ponto final quando o limite é ultrapassado.
A vida está feita de oportunistas, por vezes estão camuflados, é difícil descodificá-los. Mas existem sinais que nos levam a pensar: “Porra, aqui está um! Preciso de ter cuidado com este tipo…”
Sinto-me mal quando faço coisas contrariada. Por norma sigo o meu instinto, mas por vezes as coisas não funcionam e tudo termina catastroficamente. Há saber utilizar a razão, mas quando se trata de sentimentos de imediato penso com o instinto, e na maior parte das vezes resulta muito mal.
Sou demasiado permissiva e tolerante, aturo cada situação que não lembra ao diabo.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Em busca de um futuro melhor


Maravilharmo-nos com a vida é uma dádiva. Se a vida existe é porque há algum sentido que a orienta, por mais sinuosas que sejam as suas teias, no emaranhado podemos encontrar raios de luz, e são esses raios que iluminam a nossa vida. Vamos caminhando ao encontro de uma razão que explica a nossa presença neste universo. Existem sinais, pistas que por mais insignificantes que sejam, o simples facto de se atravessarem na nossa vida, querem dizer algo, que podem servir-nos de guia para o futuro.
Planear o futuro requer um passado sólido. As directrizes foram lançadas no passado, se este tiver sido bem estruturado, os alicerces aguentam com um projecto de futuro. Se pelo contrário os alicerces estão pouco cimentados, o nosso esforço num futuro melhor tem de ser redobrado.

O cume da liberdade


Embalada pela saudade, solto os meus cabelos ao vento e sigo a estrada escolhida por mim. Ter saudades de algum acontecimento antigo quer dizer que o passado valeu a pena e que merece ser recordado. Mas nem sempre, por vezes a nossa carência é tanta que temos a tendência para recordar acontecimentos que na altura fizeram sentido e que actualmente só nos fazem sofrer. A nossa memória é selectiva, mas por vezes prega-nos partidas, por mais que queiramos não pensar em algo que nos faz sofrer, parece que todos os caminhos vão lá dar, por mais voltas que dermos a nossa parcela masoquista reina.
Temos de encontrar um caminho para a liberdade e não sermos prisioneiras dos nossos pensamentos. O percurso para a liberdade exige muita prisão e muitas privações, mas quando o encontramos, finalmente estamos em paz.
Quando adquirirmos a paz interior, esta vai recair no nosso comportamento com o outro, extravasa, para além de partir de nós, que a possuímos, parte para o exterior. A paz não deixa de ser nossa, mas também reflecte-se nas pessoas que fazem parte da nossa vida.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

A queda para a escrita

Quero aproveitar esta minha veia que hoje me estimula a escrever. É difícil colocar um ponto final quando algo mais alto se levanta. A minha vontade de desabafar e a sentir-me bem ao reler o que escrevo. Há quem tenha o dom de falar, eu não tenho, mas tenho uma leve queda para a escrita. Quando escrevo, estruturo o pensamento, penso duas vezes, ao contrário de quando falo digo logo tudo o que me vem à cabeça, sem olhar a meios e depois os fins só podem ser desastrosos. Tenho de controlar esta minha tendência, como também a falta de sentido de oportunidade de me calar. Tenho uma tendência de adivinhar os que as pessoas vão dizer e atropelo-as no meio do discurso.

A cor da minha alma

Quero agarrar com todas as minhas forças elogios que me façam e faze-los perpetuar no meu universo. Não perde-los pelo céu, quero fixá-los numa tela, utilizar uma paleta de cores vibrantes, denunciando a minha paixão pela vida.
As cores quentes sempre foram uma prioridade na minha humilde pintura. Uma mancha de cor garrida invade-me e descontrola-me. Quando pinto saio de mim e expresso o mais íntimo que me vai na alma. Preciso de momentos criativos, quero retomar o meu gosto pela prática artística, mas sinto-me sem forças e sem estímulos. Quando estou apaixonada tudo perde ou ganha sentido. Por um lado sinto que me entrego totalmente à pessoa amada, por outro se essa pessoa fizer parte do meu universo artístico, sinto uma vontade incontrolável de criar, até quem sabe em conjunto.
Se um dia encontrar alguém, essa pessoa só me vai preencher verdadeiramente se pertencer ao ramo artístico. Porque sinto uma necessidade enorme que critiquem e opinem sobre o meu trabalho, e se perceberem um pouco de arte tanto melhor.

A voz do silêncio

A vida tem ou não de fazer sentido para a compreendermos? A minha vida é uma incógnita, sem saber de onde vim ou para onde vou, ando ao sabor do vento, sem saber a direcção a tomar. Quero seguir o meu instinto mas na maior parte das vezes sigo o instinto alheio, sou altamente influenciável mas quero a toda força contrariar esta minha tendência. A opinião dos outros sempre me interessou mais do que a minha. É estranho, mas é a pura das verdades. Quero libertar-me e ganhar autonomia para conseguir ter opiniões próprias, pelo menos acerca da minha própria vida. Por vezes sou altamente sonhadora e divago sobre o vazio, é um vazio porque não posso tirar nada de consistente, gosto de perder o meu tempo a pensar no que não devo. Mas é compreensível, preciso do mínimo de conforto para aguentar a rotina. As acções metódicas que tenho no dia-a-dia matam-me, reduzem-me a uma partícula insignificante. A minha voz perdeu-se num imenso universo recheado de pessoas robots, para quê ter voz num universo onde ninguém nos ouve. Para além de nos preocuparmo-nos com e como dizemos, devemos ter o cuidado de saber se a mensagem foi bem recebida. À maior parte das pessoas anda anestesiadas e não reage a qualquer estímulo. Haja força para fazer ressuscitar a energia perdida pelo tempo. Eu vou tentar fazer a minha parte e vocês poderão retribuir e fazer algo pelas vossas vidas?

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Comentário

“Não faças de uma pessoa prioridade. Quando ela faz de ti uma opção.” (Irene Patrício)

Esta frase tem a ver com amor-próprio e está muito bem fundamentada. Temos de possuir dignidade e não nos deixarmos levar pelo sentimento. Há que saber distinguir o que sentimos por uma pessoa e o que ela sente por nós. Não nos podemos dar em demasia quando recebemos pouco. Quando estamos envolvidos é difícil fazer esse distanciamento e avaliar a situação. Quando ainda romanceamos estamos completamente cegos e por mais que as pessoas nos alertem, nós não queremos ver.
No quotidiano não podemos dar em função do que recebemos, mas há uma excepção, no amor tem de haver uma reciprocidade equilibrada, senão um sai prejudicado.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Para meditar...

"A cada minuto que ficamos zangados, perdemos sessenta segundos de felicidade." (Thomas Overbury)

domingo, 4 de maio de 2008

À espera da João

Recriar, reinventar uma nova exposição, onde tudo pode ser mudado e montado de uma forma aleatória ou previsível. Encontrar uma lógica no ilógico, ir ao encontro do nada ou do tudo, se preferirmos viajarmos sem destino. Partir em busca do imprevisível, desnorteada sigo o meu instinto, sem preconceitos ou paradigmas, para mim as raízes deixaram de ter a razão que antes tinham, parto para a aventura unicamente segura por mim mesma, sem alicerces nem referências. Quero lançar-me por mérito próprio, quero reaprender a valorizar-me e a ganhar confiança no que faço. Adquirir uma auto-estima já perdida pelo tempo. Recuperá-la e mantê-la por muitos e longos anos e assim poder ditar as regras nos meus próprios projectos. Até pode ser um produto desagregado, desde que seja eu a determinar esse mesmo fim. Partir de uma libertação provisória para a submissão ou até prisão foi um choque. Hoje consegui adquirir uma liberdade condicionada mas possível e gratificante. A João chegou…

segunda-feira, 21 de abril de 2008

O percurso

“A palavra é apenas um ruído, e os livros são apenas papel.” (Paul Claudel)

A magia está no sentimento que depositamos no que escrevemos ou na palavra que proferimos. Há que fazer o que nos entusiasma, só assim poderemos fazê-lo com paixão e vontade, com a crença que algo vai mudar, nem que seja uma partícula. Uma subtil mudança pode significar muito na nossa atitude para com os outros, se nós mudarmos, isso também se vai reflectir no mundo que nos rodeia.
Á minha frente apresenta-se um deserto com as pegadas levadas pelo vento. Sem referências físicas o caminho parece difícil de percorrer. Se me lembrar de ti, tu já és uma referência na qual me posso apoiar, a tua força em mim é uma luz que reflecte no meu interior e ilumina a minha caminhada.

Eis a questão

É verdade que nós complicamos a vida, mas por vezes ela apresenta-se indecifrável e por mais que tentemos dar-lhe a volta é difícil.
Qual o procedimento a tomar? Se seguirmos o livro de instruções a nossa atitude vai ser previsível e calculada, mas se por outro lado seguirmos o nosso instinto, o resultado só pode ser imprevisível e emotivo. A emoção ou a razão? Eis a questão. Depende da situação, mas se conseguirmos um equilíbrio entre os dois, seria o ideal. E é esse objectivo que não consigo atingir, comigo ou 8 ou 80, não sou rapariga de meios-termos, sou implacável ou apática. Ou deixo que todos me passem por cima ou sou um muro de paredes altas onde só alguns têm permissão de subir.
Por mais que me considere um deserto, acredito encontrar em mim uma ilha, um caminho, um oásis, um chão por onde possa correr e dar sentido à minha humilde existência.

quarta-feira, 26 de março de 2008

A arte de vencer

“A arte de vencer aprende-se nas derrotas.” (Simon Bolívar)

Não há vitórias sem derrotas. Temos de penar para aprender com os erros. Para vencer a guerra teremos de vencer a maior parte das batalhas com mérito. Temos de ir à luta despojados de qualquer instrumento cortante mas com as maiores das armas, a nossa coragem e inteligência.
Se nessa luta encontramos pessoas que nos impedem de vencer há que saber contorná-las e não desistir. Não vamos deixar de fazer o que gostamos só porque alguém se incomoda com a nossa presença. Há pessoas muito egoístas, que só pensam no próprio bem-estar sem medirem as consequências dos seus actos.
Estou arrasada mas tenho de erguer as armas novamente e seguir a estrada que escolhi, nem que a faça sozinha. Nesse momento sei que posso contar comigo e que não corro o risco de desiludir-me.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Alma de pássaro

Nasci para viver só mas não sou uma solitária, mas sim solidária com as pessoas, tentando quebrar com esta minha tendência anti-social. Hoje em dia já vou ter com as pessoas e falo abertamente, com algum constrangimento mas muito mais à vontade do que há uns anos atrás. Já são muitos anos em que na sua maior parte a palavra partilha teve pouco significado. Estou farta de viver para o meu umbigo. Tenho a necessidade de dar um pouco mais de mim às pessoas que me são queridas.
Quando era miúda já me isolava das pessoas, conseguia distrair-me a brincar sozinha. Agora depois de tantos anos mantive essa capacidade, senão já tinha dado em doida. Na minha vida actual é urgente ter trabalhos que me façam distrair de tudo o resto. Tudo o resto parece ganhar importância, já não me interessa o material, a troca de sentimentos e de afectos atingiram um grau de importância máxima.
Quando sou surpreendida por algo bom a nível sentimental, a minha vida parece que dá uma reviravolta e consigo ganhar uma auto confiança e sou capaz de superar os maiores obstáculos. Sinto-me com asas e com a capacidade de voar sobre os meus problemas. Estes parecem relativizados quando vistos à distância. Quero ser livre como um pássaro para conseguir esse mesmo distanciamento e poder encarar com discernimento o que me afecta. Já que não tenho asas que tenha pelos menos alma de pássaro.
Sonhar é o primeiro passo para a loucura, mas por outro lado não há vida sem sonho. Não faz mal nenhum sonharmos de vez em quando. Como diria o poeta:”O sonho comanda a vida”. Para que certos acontecimentos aconteçam é necessário sonharmos com eles primeiro. Se não sonhar que um dia serei feliz, dificilmente o serei.
Realmente sou muito crente. Podem-me contar as asas mas não me roubem a alma de pássaro. Enquanto a minha alma continuar intacta vou conseguindo ser feliz.

sábado, 15 de março de 2008

Lá fora o vento nem sempre sabe a liberdade

Podemos partilhar uma dor mas ultrapassá-la só sozinhos. A força para conseguir superá-la está dentro de nós.
Há que ser firme perante uma pedra no caminho. Porque que se nesse percurso encontramos uma pedra, talvez da próxima vez não tenhamos esta sorte.
Um turbilhão de pedras poderá tornar-se numa montanha e nesse momento teremos de usar todos os nossos trunfos, termos de ser além de firmes, corajosos e valentes.
Lá fora o vento nem sempre sabe a liberdade. Por mais que tenha andado perdida em busca da liberdade e da autonomia, hoje posso dizer que as encontrei. Talvez por me ter encontrado. A liberdade está dentro de nós e não no mundo lá fora. E nem sempre a realidade exterior nos apresenta como algo libertador. Pode ao contrário ser castrador e frustrante. Cabe a nós descortinar e distinguir os malefícios que podem ser prejudiciais e eliminá-los, ou pelo menos não deixarmo-nos intimidar ou afectar por eles.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Um abrigo para voltar ou o mar para me perder?

Por vezes na vida temos de arriscar e lançarmo-nos ao mar, sem medos e com uma vontade sustentada numa crença interior. Hei-de encontrar uma ilha e com um ímpeto de força hei-de ser arrastada para a areia. Ser sobrevivente num lugar desconhecido poderá ter as suas vantagens. É sem dúvida uma altura em que fazemos um auto exame e testamo-nos contra os nossos maiores medos.
Basta de andar a dormir pelos cantos, há que reagir, deixar a apatia de lado e vencer os receios que nos atormentam. Ficar paralisada perante um obstáculo poderá ter consequências imprevisíveis. O risco poderá ser incalculável e a nossa atitude é sem dúvida renegada. O mérito está em nunca desistir. Às vezes não basta contornar o obstáculo mas sim enfrentá-lo, um simples desvio não é encarado como um acto de vitória mas sim como uma humilhação. Há que erguer a cabeça e ir à luta. Enfrentar os maiores desafios e pormo-nos constantemente à prova. “Será que sou capaz?” Pergunta que denota insegurança e instabilidade. A pergunta nem se devia colocar, enquanto estamos a pensar na resposta já devíamos estar a tomar conta do desafio com garras e dentes. Temos de ser ágeis e oportunos, às vezes não há tempo para pensar, temos de agir de imediato, só assim poderemos agarrar uma oportunidade que dificilmente poderá surgir novamente.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Sonhar com um passado sem regresso

Posso ter saudades do passado, por vezes penso nos momentos felizes que passei e tento trazê-los para o presente. Mas é uma tarefa impossível e ingrata. Não há nada de mais penoso que queremos viver de fragmentos perdidos pelo tempo.
Há a tendência para cair na frase feita: “Se eu soubesse o que sei hoje…”. O que é profundamente errado porque não há vitória sem luta. A vida é feita de recuos e avanços, nada se consegue sem determinação e coragem para enfrentar as maiores adversidades, só assim cresceremos e adquirimos experiência. Os erros que podemos ter cometido no passado serviram para não voltarmos a comete-los. Não existem regras para sermos felizes, cada caso é um caso e quanto menos influências exteriores sofrermos melhor. Temos de agir conforme os nossos padrões, o que poderá ser correcto para os outros para mim poderá estar profundamente errado.
Pessoas extremamente influenciáveis raramente acertam, porque seguem instintos alheios. Temos de ser imunes aos estímulos exteriores mas por outro lado devemos ser transparentes como água, não ingénuos mas sermos coerentes com os nossos princípios.
Hoje só quero viver este momento. Sonhar com um passado sem regresso, porque enquanto sonhamos vivemos, é um sinal de que houveram recordações passadas que nos dão alento para ambicionarmos um futuro mais risonho. Não faz mal sonhar por momentos, agora tornar a vida num sonho é uma loucura. Temos de saber distinguir a fronteira do real do imaginário. Mas há uma excepção, quando criamos um objecto de arte essa fronteira é diluída e é quase inexistente. Atravessamos todos os limites porque queremos criar algo nunca antes visto. O que é um pouco irreal. Nada se cria tudo se transforma. A arte pode ser uma constante reciclagem. A originalidade surge quando um novo ponto de vista sobre o mesmo objecto se concretiza. A realidade observada poderá ser a mesma mas a forma como a transpomos para o papel é única e pessoal. A interpretação e a maneira peculiar como vemos o objecto é nossa e por consequência a sua projecção nunca é igual ao do nosso colega.
Temos de apostar na diferença, essa aposta tem de partir de nós, é algo que possuímos interiormente, por mais que contemplemos um mundo repleto e marcado pela diferença, se não tivermos receptivos para captá-la não adianta visualizá-la, teremos de estar bem connosco próprios para poder assimilá-la, interiorizá-la e nesse momento afirmar que não olhamos mas que pela primeira vez vimos.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Que a porta se abra

Olhar o céu e encontrar um sentido na vida. Por mais límpido e azul que o céu possa parecer, por vezes surgem umas nuvens que encobrem o que procuramos. Há que ter a perícia de encontrar o que se esconde por entre as nuvens e só assim estaremos a investir na nossa vida.
O que é de fácil acesso nem sempre é o caminho correcto. Há que penar para aprender a sorrir perante o que de menos bom nos possa surgir. Conseguirmos inverter e dar a volta ao adverso, aí mora o nosso mérito. Se levarmos com a porta na cara, há que bater novamente mas sempre com um sorriso e com uma atitude positiva. Tantas vezes insistimos, que a porta se abrirá quando menos esperarmos.

sábado, 8 de março de 2008

Um lugar ao sol

A incerteza, a contingência da dúvida permanece. Qual a direcção a tomar, acreditar na minha dignidade e nos meus princípios ou quebrar com todas as regras e partir para o abismo. Afundar-me num poço sem fundo e por consequência não conseguir vir à tona e não encontrar a luz que tanto anseio.
Quero partir em busca da paz de espírito, encontrar uma serenidade e adquirir principalmente uma atitude descontraída perante a vida. Deixar de andar tensa e desconfiada e com a mania da perseguição. Quero encontrar um lugar ao sol com uma paisagem invulgar que emane uma energia positiva e me transforme numa pessoa melhor e mais sorridente perante as adversidades.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Fixar o impossível

Talvez pudesse o tempo parar e agarrar por um momento tudo de bom que a vida me deu. Mas o que por um momento poderei ter agarrado já fugiu. Tudo o que de bom que me aconteceu pertence ao passado, já não consigo fixar no meu presente. Se por um segundo penso num episódio marcante, no segundo a seguir já estou a pensar noutra coisa. Se já não pertence ao presente não vale a pena recordar porque voltamos a sofrer e a reviver sentimentos que agora não fazem sentido. Limito-me a viver o quotidiano mas projectando-me num futuro que acredito que seja prometedor.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Find & replace

Em busca de algo perdido pelos antepassados. Ir ao sótão da avó, e depararmo-nos com o inesperado, tecidos que outrora faziam parte de um cortinado, mas que agora terão outra função. Encontrar e substituir é o conceito que reflecte este projecto.
A construção de um livro requer uma precisão aliada a uma criatividade, mesmo que se trate de um livro/bloco que serve de base para criar algo por cima. Porque não criar um livro, que em vez de folhas brancas, cada página conta uma história neutra mas que serve de suporte para uma outra história, personificada por memórias que cabe a cada um descortinar e perpetuar pelos tempos.

Uma breve introdução

Tenho uma vontade incontrolável de revisitar os meus antepassados. Sempre tive um fascínio de vasculhar o que há de mais recôndito se esconde nas minhas raízes. Seguir pistas, investigar os vestígios mais recalcados. Não propriamente seguir a história da hierarquia genealógica mas sim o que há de mais imagético e que se esconde aos olhos comuns. Tais como fotografias, tecidos, livros, revistas, materiais que de alguma forma associo à arte e que servem de matéria-prima para um posterior projecto artístico. Reconduzir o que há partida não teria valor e torná-lo útil à sociedade.
Esta introdução serve de base para um hipotético e inimaginável projecto. Concretizável ou não, aqui fica lançada uma ideia!

(to be continued…)

sábado, 16 de fevereiro de 2008

A aposta

Sinto que um novo horizonte se aproxima. Poderá parecer longínquo mas já teve muito mais longe. Sinto que se conseguir realizar-me profissionalmente o resto vem por acréscimo. Porque nesse momento vou irradiar simpatia e isso vai reflectir-se na minha relação com os outros.
A praia está despida e solitária, mas algo em mim sobrevive. Acredito que a minha vida vai mudar e é essa crença que quero levar avante. Convicta e segura de mim vou alcançar e ultrapassar o impensável, vou surpreender-me. Hoje quero apostar em mim, se eu não o fizer ninguém o fará por mim.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

”Turn on”

Acordar com vontade de superar tudo e todos, exceder as minhas expectativas e chegar mais longe. São metas difíceis de atingir. Estou agarrada a um comodismo que me sufoca. Sou uma conformada de primeira. Quando tento fazer algo de diferente, no início estou super entusiasmada mas depois tudo se desmorona como um castelo de cartas, que ao mínimo sopro se desfaz.
Sou feita de momentos de grande euforia que são poucos, como também e na sua maior parte estou no fundo do poço, ou pelo menos com dificuldade de estar à tona. Será que sou bipolar? Acho que não. Estas minhas fases mais “down” não chegam a ser depressivas, mas são caracterizadas fundamentalmente por uma profunda apatia e conformismo.
Tenho de dar a volta por cima. Ser mais forte e superar qualquer estado de apatia. Sinto que tenho laivos de euforia e de criatividade, que precisam de ser activados. Estão adormecidos dentro de mim, alguém precisa de carregar no botão “turn on”. Mas não é tão simples assim, para além de activar preciso de ser estimulada. Basta incentivar-me e elogiarem o meu trabalho que sinto logo uma força renovada e uma vontade de vencer.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Seguir o que me vai na alma

Abro os braços ao inesperado e sou surpreendida por uma geada que me gela por dentro. Será que sou assim tão insensível para reagir com frieza. Quero libertar tudo o que sinto dentro de mim, quero afirmar-me como um ser humano que tem sentimentos e que para qualquer lugar que vá seja sempre fiel às minhas crenças. Não mudar ao sabor do vento. Não deixar-me levar pela inclinação da montanha e pela corrente do rio. Conseguir abstrair-me dos fenómenos naturais e seguir simplesmente o que me vai na alma. Se antes ficava calada, agora barafusto e defendo os meus pontos de vista.
Apetece-me dar um passeio de bicicleta sentir o vento, contraria-lo, confrontá-lo e levar a minha avante.

domingo, 27 de janeiro de 2008

O conceito alargado da morte

“A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é a que morre dentro de nós enquanto vivemos.” (Norman Cuisins)

Uma maneira peculiar de ver a arte

“Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela, mas há aqueles que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol.” (Pablo Picasso)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

A distância é uma chama


Não sei se hei-de ir, se hei-de ficar. A dúvida está no ar. A contingência da escolha prevalece. Por um lado penso no abraço fechado que te posso dar, por outro a angústia de te ver partir. Quero levar-te por dentro para não te perder. E sentir no corpo o desejo de fixar o meu abraço no teu.
A distância é uma chama que incendiou tudo o que eu tinha para dar. Guardei dentro de mim os resíduos levados pelo vento. E o tempo perdeu-se na ventania, rajada que me fez acordar e acreditar que onde quer que eu vá e o sonho me leve, hei-de lembrar-me de ti.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O reflexo

A maior parte das pessoas quando criticam os outros baseiam-se e reflectem-se nelas próprias. É uma forma de ataque e defesa em simultâneo. Atacam para não serem atingidas. Criticam os outros mas no fundo é delas próprias que falam.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Vivências nostálgicas

“A saudade é prova do que o passado valeu a pena.”

Ter saudades é um sentimento legítimo e compreensível. É sem dúvida a prova de que o passado valeu a pena. Contudo não podemos agarrá-lo como se não tivéssemos presente. Por vezes dou por mim a recordar velho tempos, isso acontece talvez porque o presente não me preenche, são vivências nostálgicas que me embalam e dão força para seguir em frente. A recorrência ao passado é uma constante na minha vida, como se vivesse o presente ancorado ao passado. A âncora está bem fixa e às vezes é impossível soltá-la, por mais que tente, as minhas origens estão enraizadas e o meu passado recente ainda o vivo como se fosse presente.

A sintonia dos contrastes

“Não é simples, é minimal. Não é complicado, é complexo.”

Conceitos utilizados na arquitectura contemporânea. A simplicidade por si só não contém a abrangência do minimalismo. Este está associado a uma depuração das linhas, é o suporte de uma arquitectura resumida à sua essência. Mas que não reduz à sua insignificância, mas a um conceptualismo que está por trás e sustenta a sua própria estrutura. A estrutura de um lugar, de um espaço está relacionada intrinsecamente com os pilares que aguentam e dão forma a esse mesmo espaço. Este para além de estar bem concebido na sua concepção estrutural, tem que estar aliada com o meio circundante. Por vezes, o meio envolvente define toda concepção arquitectónica posterior. Uma harmonia entre ambos é indispensável para termos uma boa leitura do edifício. A sua relação com a exposição solar também é determinante, as zonas de luz e sombra provocam uma simbiose e uma sintonia de contrastes. Não se pretende aqui atingir uma obra complicada mas sim entendida na sua razão lógica que permite descortinar o que está por trás, por mais complexo que possa perceber. O complexo tem uma razão de existir, uma lógica que permite conhecer o seu conteúdo, enquanto que o complicado não é claro e decifrável. É de difícil acesso, quase impenetrável, não existe uma linha condutora para orientar o nosso olhar. Este dispersa-se e desorienta-se.
O minimal e o complexo são dois opostos, mas que se cruzam em certos parâmetros. Um edifício pode ser minimal pelo seu exterior e pode ser complexo pelo seu interior. Quem souber interligar estas duas vertentes é um génio. Porque esta união é quase impossível de conceber e aplicá-la no terreno, é como se de um autêntico milagre arquitectónico se tratasse.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

De pés e mãos atadas…

“Ninguém é tão forte…que nunca tenha chorado. Ninguém é tão fraco…que nunca tenha vencido. Ninguém é tão sábio…que nunca tenha errado. (…)”

Existem duas faces da mesma moeda, se hoje erramos amanhã acertamos. A vida aparenta-se uma incerteza, cada dia é uma surpresa em que as memórias são gravadas, sejam elas boas ou más. Há que saber lidar com as coisas menos boas que surgem e aprender com elas, mesmo que traga alguma dor, devemos cercá-las e enterrá-las nas mais profundas águas. Ter a sabedoria de tirar algo de bom por mais doloroso que seja o momento é sem dúvida de génio. E é esse génio que temos de praticar e perpetuar no nosso dia-a-dia. De forma a torná-lo mais suportável. Isto é muito bonito na teoria, por mais que pense e tente interiorizar, na prática não exerço. Qualquer crítica que me façam fico super triste e sem capacidade de resposta. Fico de pés e mãos atadas, sem reacção possível. Parece que o mundo caiu nas minhas costas, só me apetece acabar com tudo, seguir o meu sonho e ir para frente com o meu projecto pessoal. Fazer o que realmente gosto e por minha conta. Cheguei à conclusão que só assim serei feliz. Sou sensível demais para suportar um emprego das 9h às 20h.
Tenho de apostar nas minhas mais valias, infelizmente não consigo dar o meu máximo naquilo que não me dá prazer.
Em toda a parte, onde quer que o sonho me leve, hei-de ser feliz!

domingo, 13 de janeiro de 2008

Acordar com os teus lábios

É noite, vou caminhando passo a passo, no silêncio da rua, ao encontro do desconhecido. Não sei o que procuro, talvez esta missão não seja para encontrar algo palpável, mas sim partir em busca de um sentimento perdido que anseio tanto. Tudo o que preciso é de um toque teu, por mais subtil que ele seja, desde que o sinta, para mim é tudo.
Acordar com os teus lábios, melhor não podia pedir. Fazes-me sentir fraca quando me olhas com esses olhos, intimidas-me, mexes comigo, preciso que me vejas da mesma maneira que eu te vejo. Eu sei, seria uma missão impossível, mas vale a pena sonhar. Ou acabar definitivamente com esse sonho, nem que à noite parta para um passeio sozinha, entregue a mim própria mas sem ilusões, encontros fortuitos ou promessas vãs.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Deixar o passado sossegado

Tu pensaste que nós ficaríamos bem. Devíamos tentar ser felizes. Porque é que deitaste tudo a perder? Porque é que não tens pena? As coisas podiam correr bem se tentássemos.
Perguntas retóricas que caíram no meio do oceano, ninguém as poderá responder, perdidas não têm salvação possível. As respostas deixaram de ter significado, quero lá saber da tua opinião, se estiver à espera de ti bem posso desesperar.
A vida avança e não podemos agarrar-nos a situações que à partida sabemos que não nos levam a lado nenhum. Devemos é progredir para um patamar superior e deixar o passado sossegado. “Águas passadas não movem moinhos”. O motor da minha autonomia está dentro de mim, se não for à luta mais ninguém irá por mim.
Cada vez mais me convenço que os laços se desgastam mas contudo não acho que se deva ter uma relação descartável. Viver do momento poderá ser bom no preciso momento mas à posteriori as suas consequências poderão ser desastrosas. As pessoas têm sentimentos e estes devem permanecer em todos os momentos, devemos ser fieis a nós próprios, assim não enganamos ninguém.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

O novo ano que se avizinha

Que este novo ano seja menos atribulado do que o do ano passado. No entanto o balanço de 2007 até foi positivo. Pelo menos posso gabar-me de não ter desperdiçado óptimas oportunidades. Foi um ano que passou a correr, realmente os 30 anos são um marco, personifiquei-me na Fénix renascida das cinzas. Acordei para uma realidade nova, a minha com a qual me confronto todos os dias.
Que 2008 me traga tudo o que mereço, e modéstia à parte, tenho lutado por isso, está na hora de haver a contrapartida e receber tudo o que há de melhor. Poderei estar a exigir um pouco demais, mas nunca é exagerado quando nos batemos numa guerra em que damos tudo, em que os níveis apresentam uma fasquia muito alta e onde não há nada a perder. Lutar pelos nossos objectivos com determinação poderá levar-nos longe.
Os meus objectivos profissionais/ pessoais, paralelamente ao fardo que carrego no dia-a-dia de um emprego das 9h às 20h, é que me dão força para continuar a lutar; ter objectivos próprios muda tudo, senão já tinha estagnado e acomodado à rotina desgastante que não me leva a lado nenhum. Quero estabelecer metas na minha vida, só assim poderei alcançar resultados promissores.