domingo, 27 de janeiro de 2008

O conceito alargado da morte

“A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é a que morre dentro de nós enquanto vivemos.” (Norman Cuisins)

Uma maneira peculiar de ver a arte

“Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela, mas há aqueles que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol.” (Pablo Picasso)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

A distância é uma chama


Não sei se hei-de ir, se hei-de ficar. A dúvida está no ar. A contingência da escolha prevalece. Por um lado penso no abraço fechado que te posso dar, por outro a angústia de te ver partir. Quero levar-te por dentro para não te perder. E sentir no corpo o desejo de fixar o meu abraço no teu.
A distância é uma chama que incendiou tudo o que eu tinha para dar. Guardei dentro de mim os resíduos levados pelo vento. E o tempo perdeu-se na ventania, rajada que me fez acordar e acreditar que onde quer que eu vá e o sonho me leve, hei-de lembrar-me de ti.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O reflexo

A maior parte das pessoas quando criticam os outros baseiam-se e reflectem-se nelas próprias. É uma forma de ataque e defesa em simultâneo. Atacam para não serem atingidas. Criticam os outros mas no fundo é delas próprias que falam.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Vivências nostálgicas

“A saudade é prova do que o passado valeu a pena.”

Ter saudades é um sentimento legítimo e compreensível. É sem dúvida a prova de que o passado valeu a pena. Contudo não podemos agarrá-lo como se não tivéssemos presente. Por vezes dou por mim a recordar velho tempos, isso acontece talvez porque o presente não me preenche, são vivências nostálgicas que me embalam e dão força para seguir em frente. A recorrência ao passado é uma constante na minha vida, como se vivesse o presente ancorado ao passado. A âncora está bem fixa e às vezes é impossível soltá-la, por mais que tente, as minhas origens estão enraizadas e o meu passado recente ainda o vivo como se fosse presente.

A sintonia dos contrastes

“Não é simples, é minimal. Não é complicado, é complexo.”

Conceitos utilizados na arquitectura contemporânea. A simplicidade por si só não contém a abrangência do minimalismo. Este está associado a uma depuração das linhas, é o suporte de uma arquitectura resumida à sua essência. Mas que não reduz à sua insignificância, mas a um conceptualismo que está por trás e sustenta a sua própria estrutura. A estrutura de um lugar, de um espaço está relacionada intrinsecamente com os pilares que aguentam e dão forma a esse mesmo espaço. Este para além de estar bem concebido na sua concepção estrutural, tem que estar aliada com o meio circundante. Por vezes, o meio envolvente define toda concepção arquitectónica posterior. Uma harmonia entre ambos é indispensável para termos uma boa leitura do edifício. A sua relação com a exposição solar também é determinante, as zonas de luz e sombra provocam uma simbiose e uma sintonia de contrastes. Não se pretende aqui atingir uma obra complicada mas sim entendida na sua razão lógica que permite descortinar o que está por trás, por mais complexo que possa perceber. O complexo tem uma razão de existir, uma lógica que permite conhecer o seu conteúdo, enquanto que o complicado não é claro e decifrável. É de difícil acesso, quase impenetrável, não existe uma linha condutora para orientar o nosso olhar. Este dispersa-se e desorienta-se.
O minimal e o complexo são dois opostos, mas que se cruzam em certos parâmetros. Um edifício pode ser minimal pelo seu exterior e pode ser complexo pelo seu interior. Quem souber interligar estas duas vertentes é um génio. Porque esta união é quase impossível de conceber e aplicá-la no terreno, é como se de um autêntico milagre arquitectónico se tratasse.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

De pés e mãos atadas…

“Ninguém é tão forte…que nunca tenha chorado. Ninguém é tão fraco…que nunca tenha vencido. Ninguém é tão sábio…que nunca tenha errado. (…)”

Existem duas faces da mesma moeda, se hoje erramos amanhã acertamos. A vida aparenta-se uma incerteza, cada dia é uma surpresa em que as memórias são gravadas, sejam elas boas ou más. Há que saber lidar com as coisas menos boas que surgem e aprender com elas, mesmo que traga alguma dor, devemos cercá-las e enterrá-las nas mais profundas águas. Ter a sabedoria de tirar algo de bom por mais doloroso que seja o momento é sem dúvida de génio. E é esse génio que temos de praticar e perpetuar no nosso dia-a-dia. De forma a torná-lo mais suportável. Isto é muito bonito na teoria, por mais que pense e tente interiorizar, na prática não exerço. Qualquer crítica que me façam fico super triste e sem capacidade de resposta. Fico de pés e mãos atadas, sem reacção possível. Parece que o mundo caiu nas minhas costas, só me apetece acabar com tudo, seguir o meu sonho e ir para frente com o meu projecto pessoal. Fazer o que realmente gosto e por minha conta. Cheguei à conclusão que só assim serei feliz. Sou sensível demais para suportar um emprego das 9h às 20h.
Tenho de apostar nas minhas mais valias, infelizmente não consigo dar o meu máximo naquilo que não me dá prazer.
Em toda a parte, onde quer que o sonho me leve, hei-de ser feliz!

domingo, 13 de janeiro de 2008

Acordar com os teus lábios

É noite, vou caminhando passo a passo, no silêncio da rua, ao encontro do desconhecido. Não sei o que procuro, talvez esta missão não seja para encontrar algo palpável, mas sim partir em busca de um sentimento perdido que anseio tanto. Tudo o que preciso é de um toque teu, por mais subtil que ele seja, desde que o sinta, para mim é tudo.
Acordar com os teus lábios, melhor não podia pedir. Fazes-me sentir fraca quando me olhas com esses olhos, intimidas-me, mexes comigo, preciso que me vejas da mesma maneira que eu te vejo. Eu sei, seria uma missão impossível, mas vale a pena sonhar. Ou acabar definitivamente com esse sonho, nem que à noite parta para um passeio sozinha, entregue a mim própria mas sem ilusões, encontros fortuitos ou promessas vãs.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Deixar o passado sossegado

Tu pensaste que nós ficaríamos bem. Devíamos tentar ser felizes. Porque é que deitaste tudo a perder? Porque é que não tens pena? As coisas podiam correr bem se tentássemos.
Perguntas retóricas que caíram no meio do oceano, ninguém as poderá responder, perdidas não têm salvação possível. As respostas deixaram de ter significado, quero lá saber da tua opinião, se estiver à espera de ti bem posso desesperar.
A vida avança e não podemos agarrar-nos a situações que à partida sabemos que não nos levam a lado nenhum. Devemos é progredir para um patamar superior e deixar o passado sossegado. “Águas passadas não movem moinhos”. O motor da minha autonomia está dentro de mim, se não for à luta mais ninguém irá por mim.
Cada vez mais me convenço que os laços se desgastam mas contudo não acho que se deva ter uma relação descartável. Viver do momento poderá ser bom no preciso momento mas à posteriori as suas consequências poderão ser desastrosas. As pessoas têm sentimentos e estes devem permanecer em todos os momentos, devemos ser fieis a nós próprios, assim não enganamos ninguém.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

O novo ano que se avizinha

Que este novo ano seja menos atribulado do que o do ano passado. No entanto o balanço de 2007 até foi positivo. Pelo menos posso gabar-me de não ter desperdiçado óptimas oportunidades. Foi um ano que passou a correr, realmente os 30 anos são um marco, personifiquei-me na Fénix renascida das cinzas. Acordei para uma realidade nova, a minha com a qual me confronto todos os dias.
Que 2008 me traga tudo o que mereço, e modéstia à parte, tenho lutado por isso, está na hora de haver a contrapartida e receber tudo o que há de melhor. Poderei estar a exigir um pouco demais, mas nunca é exagerado quando nos batemos numa guerra em que damos tudo, em que os níveis apresentam uma fasquia muito alta e onde não há nada a perder. Lutar pelos nossos objectivos com determinação poderá levar-nos longe.
Os meus objectivos profissionais/ pessoais, paralelamente ao fardo que carrego no dia-a-dia de um emprego das 9h às 20h, é que me dão força para continuar a lutar; ter objectivos próprios muda tudo, senão já tinha estagnado e acomodado à rotina desgastante que não me leva a lado nenhum. Quero estabelecer metas na minha vida, só assim poderei alcançar resultados promissores.