quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Haja o que houver

Quando ouço Madredeus penso nas horas perdidas a estudar matemática. Quando o fim seria arquitectura. Tempo de ilusão, onde nada se perdeu e tudo se transformou em algo que se perpetuou no futuro. Aversão completa aos números. Gostava de aprofundar esta relação difícil, mas acho que seria um desperdício de tempo.
A música sempre foi uma companhia nos tempos de estudante. Aliás só me conseguia concentrar ao som de algo ritmado, em que a sonoridade entra no ouvido sem pensarmos no que estamos a ouvir, a música instala-se mas não perturba, faz companhia e ajuda no raciocínio. A minha relação com a música sempre foi intensa. E ajudou-me a superar fases difíceis na minha vida. Quando ouço algo musical que me anima consigo abstrair-me e elevar-me para um sítio, que só eu conheço e onde só eu determino quem quero que faça parte deste momento.
A música pode ser uma fonte de inspiração, ao seguir um ritmo, o nosso raciocínio, por um lado segue uma determinada orientação lógica, mas por outro desvirtua-se da racionalidade para algo muito mais sobrenatural onde as emoções reinam e a sensibilidade se faz sentir.
Haja o que houver, já dizia a Teresa Salgueiro, a música perpetua-se no dia-a-dia de uma forma preponderante e afirmativa. Sendo um ingrediente fundamental para a nossa sanidade mental. Para o bem da humanidade haja música onde quer que estejamos, felizes ou tristes, que a música prevaleça!

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