sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

A luz na escuridão


"Aquele que se perde é que encontra novos caminhos."(Nils Kjaer)

Liberta o que trazes dentro, o que de mais te inquieta, só assim poderás sentir uma liberdade imensurável, em que os limites começam e acabam em ti. E assim partir para o outro de uma forma despojada, concretizada numa entrega agora sem parâmetros. As leis deixaram de estar em vigor, a vigorar passou a estar o sentimento, o afecto e a entrega.
Saí logo pela manhã à procura do que é certo, deixei para trás tudo o que me fazia sentir mal, corri pelas ruas estreitas, dei voltas e voltas, recuos e avanços cada vez mais certa do que procurava. Mas a verdade é que me perdi na imensidão da escuridão da noite. Apanhei um táxi e fui até Agramonte à procura em vão pela alma da minha avó, perdida entre os ciprestes e a chuva não dei pelo jazigo.
A minha avó sempre foi uma referência para mim, uma estaca pela qual eu crescia sem medos. Quando me sinto mais abalada agarro-me à força que a minha avó sempre me transmitiu. Uma mulher de aço com convicções fortes que sempre me serviu de exemplo.

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