quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

A voz do silêncio

Corro atrás de um destino ainda não delineado, mas meu. Um destino desprovido de cinismos e falsidades. Ando atrás de um fado que atenue o meu passado cruel.
Ponho os olhos no presente, com a mente no futuro, esquecendo o passado. Vou levando o dia-a-dia numa constante roda-viva. Por mais voltas que ela dê, por vezes é preciso pará-la e equilibrá-la. O que não é tarefa fácil. Dá-me um tempo e espaço e eu conseguirei encontrar um equilíbrio que tanto anseio.
A minha vida corre num fio da navalha, por mais voltas que ela dê, o presente é um risco e o futuro é incerto e indefinido.
Tudo o que eu quero é viver intensamente e quebrar com a monotonia do quotidiano. Para tal não paro, produzir é a palavra de ordem. Só assim consigo prever um futuro mais risonho. Produzir algo que parta de mim mas que vá ao encontro de alguém que se reveja nas minhas palavras. E que complete as frases inacabadas e que consiga pôr-se na minha pele e perceber o que me vai na alma. Preciso de receptores críticos, que façam com que a minha obra evolua. Não quero estagnar os meus pensamentos em mim própria, quero partilhá-los. Que a minha voz se faça ouvir. A voz ou a sua ausência, o silêncio poderá ser personificado nas montagens que sobrevivem da imagem. A imagem poderá conter muitas mais palavras e provocar sentimentos que um prosaico texto. O que pretendo será uma simbiose entre as duas partes. Que o texto vá ao encontro da imagem ou vice-versa.
A ilustração poderá ser o processo a atingir e que esse meio seja sustentado por um conceito que esteja por trás a enriquecer a imagem.

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