terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Sentir que estamos vivos

"O sorriso que dás volta para ti próprio." (Provérbio indiano)

Ter o céu como meta, alcança-lo a todo o custo, perdida entre as nuvens e a escuridão da noite, saltando de estrela em estrela e repousar sobre a lua. Que esta fique cheia e ilumine a noite escura. Que a estrela do norte me guie num caminho para encontrar um paladar nunca antes saboreado. Quero fugir ao vazio, longe da guerra que nos domina e ir ao encontro do vazio agora preenchido por um sorriso fugaz mas sincero. Onde pára o meu sorriso? De que serve a gargalhada quando o momento não é propício, poderá quebrar o gelo e criar um ambiente menos constrangedor, a dor é atenuada mas não desaparece.
Tenho a alma destroçada de um sentimento profundo. Entregue a mim e ao meu mundo, persigo o que mais anseio, desesperadamente. Quero encontrar os passos apagados pelo mar, descobri que só eu poderei desenhar as pegadas na areia, as que estavam antes pertencem a um desconhecido. Haja força para recomeçar um caminho nunca antes desbravado, o da nossa vida. Esquece os paradigmas, o modelo és tu, só tu poderás percorrer a praia à beira mar, por vezes molhando os pés e sentir a água gelada e descobrir que estamos vivos. Mergulhada até ao pescoço, penso no melhor que a vida me deu e sou salva por um ímpeto de força
.

Sem comentários: